quarta-feira, 29 de abril de 2009

2º TRIMESTRE (1ª POSTAGEM) - O BRAILLE


A maioria das pessoas sabe que as pessoas com deficiência visual utilizam um sistema especial de leitura tátil e escrita. Mas o que ninguém poderá deixar de saber é que esse sistema tem o nome de seu inventor - Louis Braille - que é hoje profundamente distinguido por sua criação.


Pesquisem e postem aqui no blog a história desse homem que tanto ajudou aos deficientes a se comunicarem.

12 comentários:

  1. Todos já ouviram falar do processo Braille. Mas pouca gente sabe porque o sistema é chamado Braille.
    O alfabeto Braille foi inventado em 1837 pelo educador francês Louis Braille.


    Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809, na pequena cidade de Coupvray perto de Paris. Sua mãe, Monique Baron, Foi uma jovem simples de fazenda que veio a Coupvray para casar com seu pai em 1792. Seu pai, Simon René Braille, então, aos quarenta e quatro anos de idade, era um conceituado celeiro na região, e mantinha a esposa e os quatro filhos: Catherrine Joséphine, Louis Simon, Maria Célina e Louis, com o fruto de seu trabalho na pequena loja de artefatos de couro que possuía. Ele costumava dizer com orgulho que o filho caçula seria o arrimo de sua velhice.

    Desde muito pequeno, Louis Braille costumava brincar na oficina de seu pai com os pequenos retalhos de couro usado na confecção das selas. Não se sabe exatamente em que dia e mês, mas, com apenas três anos de idade, Louis brincava na oficina (como de costume) e pegou uma sovela de ponta muito fina, um dos instrumentos de retalhar o couro, e experimentou imitar o trabalho do seu pai.

    Ao tentar perfurar um pedaço de couro com a sovela pontiaguda e afiada, aproximou-se do rosto. O couro era rijo e o pequeno forçava-o para cortar. Em dado momento a suvela resvalou e atingiu-lhe o olho esquerdo, causando grave hemorragia. Simon René tomou o garoto nos joelhos e com um pouco de água fresca lavou o olho machucado. Uma velha senhora, conhecida por suas curas, preparou e aplicou compressas estacando a hemorragia. O médico de Coupvray também foi chamado para tratar o garoto, mas a sua precisão também foi inadequada. Não havia auxílio médico positivo para eliminar o centro da infecção. Veio a conjuntivite e depois a oftalmia. Alguns meses mais tarde a infecção atingiu o outro e a cegueira total adveio quando Louis estava com cinco anos.

    Seus pais ainda tentaram tratamentos. Procuraram consultar um oculista num hospital da cidade vizinha, mas, todos os esforços foram em vão; a infecção generalizada havia destruído as córneas.

    Aos oito anos teve que andar com uma bengala de madeira que lhe orientava no sentido de perceber quando saía do caminho, penalizando assim todo o povo da cidade.

    O Garoto cego que sempre demonstrou muita vivacidade e inteligência contou com a amizade e atenção do Abade Jacques Palluy. Graças a ele, Louis Braille começou a desenvolver sua natureza investigadora e familiarizar-se com o mundo. Abade levava o garoto ao velho presbitério e nos seus jardins, procurava ensiná-lo. Teve assim, em sua primeira infância uma orientação cristã, que marcou sua vida através de seu amor, sua bondade e sua humildade. A pedido do Abade Palluy, Louis Braille foi aceito pelo professor Brecharet em sua escola onde freqüentou durante dois anos demonstrando muita inteligência e interesse.

    Aos 15 de fevereiro de 1819, com 10 anos de idade, Louis partiu com seu pai com destino a Paris para estudar daí em diante na Instituição Real, para Jovens Cegos. Seus pais preocuparam-se coma possibilidade de ter seu filho fora de casa. Mas quando perceberam as vantagens que ele teria em sua educação, concordaram e fizeram milhares de planos para o futuro do filho.

    Louis, que era o mais jovem estudante, foi se ajustando à escola, aos professores, aos supervisores e aos colegas. Participava com entusiasmo da recreação, gostava de música clássica, e apesar das condições do ensino da música não serem ideais, ele tornou-se um excelente pianista e mais tarde talentoso organista do órgão de Norte Dame das Champs. As instalações da escola onde Louis estudava não eram nada boas; as instalações eram úmidas e frias, completamente e inadequadas. A disciplina era rígida e os alunos recebiam punições físicas até isolamento a pão e água. Louis Braille não escapou às punições. Lá apredeu a ler, isto é, aprendeu a reconhecer 26 letras do alfabeto com a ajuda dos dedos. Mas as letras tinham várias polegadas de abertura e de largura. Este era o sistema primitivo de leitura. Um pequeno artigo enchia muitos livros e cada livro pesava, nove libras. Apesar das dificuldades, Braille conclui o período escolar com brilhantismo, chegando a receber um certificado de mérito por sua habilidade em cortar e fazer chinelos.

    Mais tarde, Louis, tornava-se professor da mesma escola. As dificuldades de criar em sistema de leitura e escrita para pessoas cegas. Ele queria encontrar um sistema melhor de leitura, mas não foi fácil.

    Meses depois, Louis foi gozar dois meses de férias em casa, onde teve a alegria de rever seus familiares. Então, disse a seu pai:

    "Os cegos são às pessoas mais solitárias do mundo! Eu posso distinguir o som de um pássaro de outro som".
    Eu posso distinguir a porta da casa só pelo tato.
    Mas, tem tanta coisa que eu nem posso sentir e nem ouvir.
    Somente os livros poderão libertar os cegos, mas, há nenhum livro para nós lermos."

    Um certo dia, Louis está sentado num restaurante com um amigo que lia o jornal para ele. O amigo leu o artigo a respeito de um francês, Charles Barbier de La Serre, Capitão de Artilharia do exército de Louis XIII, que devido às dificuldades encontradas na transmissão de ordens durante a noite, elaborou um sistema de escrever que ele podia usar no escuro. Ele o chamava "escrita noturna", o capitão usava pontos e traços. Os pontos e traços eram em alto relevo, os quais combinados, permitiam aos comandados, decifrar ordens militares através do tato. Barbier pensou então, que seu sistema poderia chegar a ser utilizado para pessoas cegas. Transformou-o então num sistema de escrita para cegos de denominou "Gráfica sonora". O método de Barbier, apesar de considerado complicado foi adorado na Instituição como "método auxiliar de ensino". Quando Louis ouviu falar nisso, ficou entusiasmado. Ele começou então a falar alto e chorar. "Por favor, Louis", disse seu amigo. O que aconteceu? Todos estão olhando para você", "Pelo menos eu encontrarei uma resposta para o problema dos cegos", disse Louis. Agora podem os cegos se libertar.

    No dia, seguinte, Louis foi com um amigo ver o capitão e perguntar sobre seu sistema. O capitão disse que usava um objeto pontiagudo para fazer os pontos e traços num papel grosso. Certos sinais significam uma coisa, outros significam outra coisa. O objeto que o capitão usava para imprimir os pontos e os traços, acidentalmente era o mesmo jeito do objeto que ele tinha furado os olhos antes."Eu estou certo de que posso usar este sistema", disse Louis.

    Louis Braille aprendeu com rapidez a usar o sistema e trocava correspondências com seus colegas de turma.

    A escrita era possível com uso de uma régua guia e de um estilete. Como o sistema de Barbier apresentava uma série de dificuldades, como impossibilidade de se representar símbolos matemáticos, sinais de pontuação, notação musical, acentos, números, além desses caracteres, serem lidos com dificuldade por aqueles que haviam perdido a visão no percurso de suas vidas, mas não tanto pelos cegos de nascença, Braille começou a estudar maneiras diferentes de fazer os pontos e traços no papel. Suas próprias férias foram dedicadas exclusivamente ao estudo do seu novo sistema. Passou noites experimentando incansavelmente sobre a régua e o estilete que ele próprio inventou. Quando voltou para as aulas, tinha seu invento pronto.

    Aos 15 anos de idade inventou o alfabeto Braille, semelhante ao que se usa hoje, um sistema simples em que usava 6 buracos dentro de um pequeno espaço. Com esses 6 buracos dentro deste espaço, ele pôde fazer 63 combinações diferentes.

    Cada combinação indicava uma letra do alfabeto ou uma palavra. Havia também combinações para indicar os sinais de pontuação. Cedo Louis escreveu um livro usando o Sistema Braille.

    Louis apresentou sua invenção ao Diretor, e este, apreciou o seu trabalho e autorizou-o a experimentá-lo no Instituto. Seus colegas aprenderam rapidamente o método. Louis continuava seus estudos, embora continuasse sempre trabalhando em sua pesquisa. Como foi sempre um dos primeiros alunos, logo começou a ensinar álgebra, gramática e geografia.

    Mais tarde, aplicou seu sistema à notação musical. Seu alfabeto permitiu a transcrição de gramáticas e livros de textos para pessoas deficientes visuais.

    Um de seus alunos, Coltat, tornou-se seu grande amigo e mais tarde biógrafo, tendo escrito o livro em sua homenagem "Notas Históricas sobre Louis Braille", onde narra detalhes de sua vida na Instituição.

    Sua saúde era bastante deficiente, pois aos 26 anos contraiu tuberculose. Apesar disso, escreveu, "Novo método para Representação por Sinais de Formas de Letras, Mapas, Figuras Geométricas, Símbolos Musicais, para uso de Cegos" .

    Mais tarde, na inauguração do novo prédio do Instituto Real de Jovens Cegos, Braille teve a alegria de ver que o sistema foi demonstrado publicamente e declarado aceito. Foi este o primeiro passo para a aceitação geral. Daí, o seu uso começou a expandir-se na Europa. Nesta época, sua doença foi progredindo e sua saúde foi se tornando frágil. Em 1850, já com 41 anos, pediu demissão do cargo de professor, mas continuou dando lições de piano.

    Um dia um garoto cego de nascença tocou muito bem para uma grande audiência. Todo mundo que estava presente ficou muito satisfeito. Então, o garoto levantou-se e disse que o povo não devia agradecer a ele, por tocar bem e sim agradecer a Louis Braille. "Foi Louis Braille, disse ele, que tornou possível que ele lesse a música e tocasse piano". Ele disse que Louis Braille era um homem muito doente e acrescentou que estava quase a morrer, subitamente muitas pessoas ficaram interessadas por Louis Braille, jornais escreveram artigos sobre ele. O governo também ficou interessado no seu sistema de leitura para os cegos alguns amigos foram à sua casa vê-lo. Ele estava no leito. Eles disseram a Louis o que estava acontecendo e o Louis começou a chorar. Ele disse:

    "É a terceira vez na minha vida que choro: a primeira quando fiquei cego; a segunda quando ouvi falar na escrita noturna e agora eu sei que minha vida não foi um fracasso" .

    Em Dezembro de 1851, com 42 anos, sofreu uma recaída e recolheu-se ao leito, e veio a falecer no dia 6 de Janeiro de 1852, dois dias após o seu aniversário de 43 anos, confiante em que seu trabalho não tinha sido em vão.

    Adaptado pela escola de cegos de Paris em 1854, logo se difundiu por todo o mundo. Cada matriz do sistema Braille é formada por duas fileiras verticais paralelas, que podem conter três pontos cada uma. Cada sinal de leitura seja letra, cifra ou sílaba, tem em relevo uma das possíveis combinações dos seis pontos existentes.

    Assim, o tipo indicado pelas diferentes posições em que aparecem os pontos em relevo assinala uma letra, em número, um sinal matemático, etc.

    Em 1952, cem anos depois, seus restos mortais foram transferidos da cidade de Coupvray para o Pantheon em Paris, pelo Governo Francês. Recebeu homenagens por representantes de quarenta nações, na ocasião em que tomou seu lugar nos grandes homens da França.


    aluna; Thayanne Oliveira Souza 7 ANO





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  2. Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
    Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Palluy, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
    O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
    Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:
    "Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
    Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.
    Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.
    Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
    Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.

    juliana souza e marilia

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  3. A história de Louis Baille

    Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris e perto da magnífica e extensa faixa de terras de cultura de trigo de La Brie. Alojado no declive dos suaves vales cobertos de árvores do rio Marne, Coupvray era um animado povoado rural.

    O pai de Louis, Simon-René, era seleiro e fabricante de arreios do povoado.

    Não existe registro exato sobre o momento em que Louis Braille ficou cego no ano de 1812.A história foi sendo montada a partir de lembranças de diferentes pessoas; o resto temos que supor, deduzir por nós mesmos. Mas não é difícil imaginas o curioso garoto de 3 anos querendo copiar o trabalho que via seu pai fazer diariamente; subindo na alta mesa de madeira, talvez quando Simon-René estivesse fora por um momento, no quintal, conversando com um fazendeiro sobre os reparos necessários para algum arreio.

    Pode-se imaginas Louis medindo um pedaço de couro, tentando alcançar uma faca, imitando ansiosamente aqueles movimentos precisos e difíceis das habilidosas mãos de seu pai.

    Mas, nas mãos gorduchas do menino, o instrumento de trabalho cortante e afiado era simplesmente um rude e muito eficiente objeto de destruição. Imaginemos um grito vindo da oficina, o menino encontrado soluçando, com o sangue cobrindo seu rosto.]

    A ferramenta manejada desajeitadamente, segundo parece, havia cortado seu olho.

    Em pânico, seus pais fizeram tudo o que puderam: água fresca e linho branco para cobrir o olho que sangrava; uma vellha mulher do povoado, que conhecia as propriedades de cura das ervas, levou água de lírio e eles puseram uma compressa sobre o olho ferido.

    Mas naquela época os médicos não conheciam as causas nem o controle das infecções. Foi muito antes de o traballho do cientista Louis Pasteur ensina-los sobre germes e como a infecção se desenvolve e é transportada pelas mãos, pelas compressas e pelo ar. Foi mais de cem anos antes de Alexander Fleming descobrir a penicilina, o primeiro antibiótico a curar infecções, matando germes perigosos sem causar danos ao paciente. O outro olho foi contaminado e ele perdeu aos poucos completamente, a visão com apenas 5 anos de idade.

    Aos 6 anos, três deles em completa cegueira, começou uma nova era para ele. Chegou à cidade um novo pároco que assim que conheceu Louis, se afeiçoou a ele e iniciou uma série de lições a Louis. Contou histórias bíblicas, ensinou a reconhecer os perfumes, o toque das flores e a identificar os sons de diferentes pássaros e animais. Falava sobre as estações do ano e as mudanças que ocorriam durante o dia. Despertou nele uma profunda fé religiosa que o acompanharia pelo resto de sua vida.

    Finalmente, chegou à idade escolar. Na escola do povoado havia um jovem professor : Antoine Bécheret.

    O abade foi logo procurar o professor para falar sobre Louis.

    A maioria das pessoas não viam sentido em dar a um menino cego as mesmas aulas dadas a outras crianças, mas Louis, esperto, inteligente, interessado em tudo que o cercava, certamente se beneficiaria ao ouvir as aulas, ao compartilhar a vida escolar com os outros meninos do local!

    E foi assim que Louis Braille passou a ir à escola, todos os dias. Desde o começo só de ouvir, ele foi um dos primeiros da classe; ele havia decidido não aceitar que a sua cegueira pudesse ser uma prisão sem livros, um mundo sem a chance de se comunicar com seus amigos, registrar suas idéias ou fazer anotações.

    O pai de Louis martelava pregos na madeira formando as letras do alfabeto e Louis aprendia sozinho a reconhece-las pelo tato. Outros relatos dizem que seu pai cortava o couro em formato de letras.

    Existem diversas versões sobre como a família de Louis foi informada sobre a escola especial para cegos em Paris, mas a mais provável é a de que o jovem professor Bécheret se recordava de ter ouvido sobre a escola e que o abade Palluy, estimulado por essa descoberta, planejava descobrir mais ainda.

    Ajudas importantes como do marquês de Orvilliers, do Abade os aproximou do fundador dessa escola, chamado Valentin Haüy.

    Fora na corte real de Versalhes, durante as comemorações do Natal de 1786. Valentin Haüy surpreendera o rei, a rainha e a grande audiência da nobreza da França com uma única demonstração de aritmética e leitura por crianças cegas. Na verdade, o marquês, muito impressionado, unira-se ao casal real e vários outros ali presentes na doação de dinheiro para a nova escola para crianças cegas de Valentin Haüy.

    A pedido do abade Palluy, o marquês de Orvillliers escreveu imediatamente ao diretor da escola em Paris e pediu permissão para Louis se tornar seu aluno.

    A resposta não demorou a chegar. O dr. Guillié, diretor da Instituição Real para crianças cegas em Paris, informou-o de que os membros do Conselho da Instituição havia concordado em oferecer um lugar para Louis e estavam dispostos, ainda, a fornecer uma pequena bolsa de estudos para ajudar a pagar as mensalidades.

    Louis era aguardado na instituição, localizada na rua Saint-Victor, no dia 15 de fevereiro de 1819, logo depois de seu décimo aniversário.

    A VIAGEM A PARIS

    Louis havia esperado com emoção por aquele dia. Seu pai estava também ansioso e profundamente preocupado com a distância que o separaria da família, mas, desejava também que o filho tivesse oportunidade de aprender novas coisas e quem sabe uma profissão?! A escola ensinava várias: fabricar sapatos, trançar cestas, confeccionar cordas, fiar e tecer, fazer chinelos, consertar cadeiras...

    Rua Saint-Victor, 68

    Relatos oficiais da época descrevem que a casa situava-se " em uma região humilde, abafada, malcheirosa e propensa a disseminação de doenças". Era escura e úmida, uma "ratoeira" de escadas gastas e corredores apertados que encheu Simon-René de apreensão. Onde estava a alegre luminosidade de Coupvray, o ar puro e a vida saudável ao ar livre que seu pequeno Louis estava acostumado a livar?

    Foi levado diretamente para uma sala de aula. O diretor apresentou o professor: era o Sr. Dufau que o conduziu a um assento e sem mais barulho, a lição foi retomada. Em minutos, nervosismo, preocupação e timidez haviam desaparecido.Louis absorvia cada sílaba com fascinada atenção e, no final, para grande surpresa do professor, pôde responder a todas as perguntas sem a menor hesitação.

    Um capitão da artilharia do exército do rei Luís XVIII, Charles Barbier, procurou o dr. Pignier com uma interessante proposta. Ele inventara uma forma escrita usando somente pontos e traços em relevo. Desenvolvera o método de modo que as ordens militares pudessem ser passadas secretamente entre os soldados, não importando o quão escuro estivesse, e batizara o sistema de " escrita noturno".

    Ao mesmo tempo, ele assistira a uma demonstração no Museu da Indústria: alunos cegos leram livros de Valentin Haüy, aquelas página grandes preenchidas com enormes letras em relevo. O capitão Barbier ficara pasmado com a lentidão do processo de traçar cada contorno da letra.

    Isso o motivou a incrementar o trabalho, modificando sua " escrita noturna" (night-writing) para que pudesse ser usada pelos cegos. Barbier expôs o sistema – que havia rebatizado como sonografia – para o dr. Pignier. Não usara letras individuais para soletrar as palavras, mas transformou sons inteiros em grupos de pontos e traços.

    Inventores inspirados bateram às portas da instituição, mas, uma vez experimentadas pelas crianças, suas idéias se mostraram inúteis.

    No entanto, o uso de pontos era algo novo. Todos os outros sistemas haviam sido bseados no alfabeto usado por pessoas de visão normal. Modificados, eles então podiam ser sentidos em vez de vistos. Aquela sugestão sobre pontos e traços foi suficientemente diferente para o dr. Pignier ouvir com atenção e discutir a invenção com certa minúcia, até declarar que poderia ser testada com os alunos.

    Louis e seus amigos ouviram falar do invento do capitão, pela primeira vez, quando o dr. Pignier reuniu todos os alunos, alguns dias depois. Houve então uma lenta e minuciosa descrição da invenção do capitão e para as poucas páginas em relevo que o dr. Pignier distribuía entre os meninos para serem examinadas com os dedos.

    Louis domina o sistema

    Pontos! Louis estava petrificado. Imagine-se a primeira tentativa, o toque, murmúrios de interesse sussurrados entre os alunos, o traçado lento dos pontos, a exploração dos diferentes formatos, e então, lentamente, a agitação aumentando, como se todos eles fossem percebendo quanto aquelas formas eram mais fáceis de distinguir do que as grandes letras em relevo dos livros que utilizavam.

    Poblemas com o sistema de Barbier

    Com o sistema de Barbier não se podia soletrar: fora planejado somente para representar palavras como uma coleção de sons. Não se podia pôr vírgulas, pontos finais ou qualquer tipo de pontuação nas sentenças. O capitão Barbier não havia programado nenhuma combinação de pontos para tal. Também era impossível acentuar palavras – parte essencial da ortografia francesa – ou escrever números, operar matemática, compor música...

    Havia muitos sinais para uma única palavra. Cada símbolo podia equivaler a seis pontos, e uma única sílaba de uma palavra podia necessitar de vinte pontos. Isso era demais para sentir com um dedo, e havia muitos mais em cada grupo para ter de lembrar.

    Sem dúvida, era bem melhor que as letras em relevo de Valentin Haüy, mas gradativamente todos eles concordavam que eram, de fato, pontos demais, e os pontos não diziam o suficiente.

    Os detalhes precisos do encontro entre Braille e Barbier não foram registrados, mas sabe-s que Barbier ficou surpreso ao descobrir que um menino de 13 anos pretendia haver resolvido problemas que ele não conseguira.

    Apesar de sua consideração pelas crianças cegas, para as quais desenvolvera a sonografia, o capitão Barbier não podia compartilhar a convicção de Louis da necessidade de um sistema tão elaborado. O que os cegos poderiam querer além da compreensão da comunicação básica? Por que desejariam um alfabeto completo, pontuação, até matemática e música, como aquele menino ambicioso estava sugerindo?

    Ele não compreendia a ânsia por algo que permitiria aos cegos entrar totalmente no mundo da literatura e da ciência, aptos a ler e compor o pensamento mais complexo e comunica-lo aos outros no papel.

    Experiências de Louis Braille

    Diante da obstinação do capitão Barbier, insistindo que o sistema era tão bom quanto necessitava ser, Braille desistiu de convence-lo. Mas estava certo que os melhoramentos poderiam ser feitos. Com o sem Barbier, ele experimentaria e simplificaria. Descobriria algo que fosse adequado, manejável, que fizesse tudo o que a linguagem escrita e falada podia fazer, com toda a flexibilidade do alfabeto normal.

    Então o menino Louis iniciou sua busca. Trabalhava em todos os momentos extras que pudesse extrair do dia atribulado de aulas, recomeçando à noite, logo que o dormitório silenciava, prosseguindo nas primeiras horas da manhã, nas férias do longo verão, calculando, experimentando, revisando, continuando sem interrupção.

    O princípio do Braille

    Em outubro, quando começou o novo ano escolar, Louis Braille sentiu que seu alfabeto estava pronto. Ele encontrara um modo de formar todas as letras do alfabeto, os acentos, sinais de pontuação e os signos matemáticos usando apenas seis pontos e alguns pequenos traços horizontais.

    Pela primeira vez, os alunos puderam tomar notas, copiar as passagens que gostavam, até o livro inteiro, com faziam as pessoas de visão normal.

    Mas, Braille continuou experimentando e aperfeiçoando seu "pequeno sistema", como ele chamava.

    Em 1826, ainda um estudante de apenas 17 anos, começou a ensinar álgebra, gramática e geografia para os alunos mais jovens: o estudante cego estava tornando-se, rapidamente, um excelente professor para os cegos.

    Um professor inspirado

    Em 1828, com a idade de 19 anos, Braille tornou-se oficialmente professor da instituição e, quando a escola reabriu após as férias de verão, assumiu o ensino de gramática, geografia, aritmética e música.

    Saúde debilitada

    Nos primeiros anos da década de 1830, Louis Braille esteve quase sempre enfermo. Por volta de 1835, foi se tornando impossível ignorar os crescentes sinais que era portador de alguma doença. Ele estava apenas no começo de seus 20 anos, mas sentia-se sempre cansado, com febre, e aperto no peito.

    Uma noite, ele acordou ardendo em febre, sua boca subitamente enchendo-se de sangue. Não havia mais dúvida – o jovem estava tuberculoso.

    Durante todos os próximos anos a saúde de Braille foi piorando. Os médicos resolveram manda-lo de volta para casa, beneficiando-se do ar puro do campo.

    Mais tarde em 1843, ele retornou a Paris, mais revigorado

    Os últimos anos de Braille

    Por volta de 1850, Louis Braille sentiu que suas forças estavam chegando ao fim. Parou de dar aulas.

    Louis Braille morreu no dia 6 de janeiro de 1852, apenas dois dias depois de completar 43 anos, muito amado e lembrado não apenas por todos aqueles que o conheceram bem e sentiram os benefícios de sua natureza honesta, amável e inteligente mas também pelos que haviam sido influenciados e auxiliados por aquele humano e atencioso professor.

    Mas só nas três décadas seguintes, ele se tornaria famoso no mundo todo como o notável benfeitor dos cegos, o homem cujo trabalho constituiu a rota pela qual milhões de cegos iniciariam uma nova vida, podendo ler, escrever, comunicar-se, aprender, criar e exercer seus plenos direitos na sociedade como seres humanos cultos e educados.


    By:Maria Eduarda Vaz,Fernanda Hollanda e Bruna Suely.

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  4. Louis Braille,nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

    Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Palluy, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).

    O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.

    Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:

    "Se os meus olhos não me deixam obterinformações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."

    Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.

    Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.

    Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.

    Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.


    [editar] O código Braille

    O nome "Louis Braille" em braille.Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.

    O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Cada célula braille permite 63 combinações de pontos. Assim, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos. Vários idiomas usam uma forma abreviada de braille, na qual certas células são usadas no lugar de combinações de letras ou de palavras freqüentemente usadas. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.

    a | b | c | d | e | f | g | h | i | j

    As primeiras dez letras só usam os pontos das duas fileiras de cima
    Os números de 1 a 9, e o zero, são representados por esses mesmos dez sinais, precedidos pelo sinal de número, especial.
    k | l | m | n | o | p | q | r | s | t

    As dez letras seguintes acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada uma das dez primeiras letras
    u | v | x | y | z

    As últimas cinco letras acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a letra "w" é uma exceção porque foi acrescentada posteriormente ao alfabeto francês.
    As combinações restantes, ainda possíveis visto que 63 hipóteses de combinação dos pontos, são usadas para pontuação, contrações e abreviaturas especiais. Estas contrações e abreviaturas às vezes tornam o braille difícil de aprender. Isto acontece especialmente no caso de pessoas que ficam cegas numa idade mais avançada, visto que a única forma de aprender braile é memorizar todos os sinais. Por esse motivo, há vários "graus" de braille.

    O braille por extenso, ou grau um, só utiliza os sinais que representam o alfabeto e a pontuação, os números e alguns poucos sinais especiais de composição que são especifíos do sistema. Corresponde letra por letra, à impressão visual que é observável num texto comum. Este grau é o mais fácil de se aprender, visto que há menos sinais para memorizar. Por outro lado, o braille grau um é o mais lento para ser transcrito e lido, e o produto final, impresso, é mais volumoso. Visto que a maioria do braille produzido hoje é transcrito e produzido por voluntários, em organizações não lucrativas, o grau um é usado raramente.

    O braille grau dois é uma forma mais abreviada do braille. Por exemplo, em inglês, cada um dos 26 sinais que representam o alfabeto têm um significado duplo. Se o sinal é usado em combinação com outros padrões dentro de uma palavra, representa apenas uma letra, mas se estiver isolado representa uma palavra comum. Isto ocorre similarmente no braille português. Assim, por exemplo, o sinal para n isolado representa não, abx representa abaixo, abt, absoluto, ag, alguém, e assim por diante. Outros sinais são empregues para representar prefixos e sufixos comuns. O uso de contracções e abreviaturas reduz bastante o tempo envolvido em transcrever e ler a matéria, bem como o tamanho do volume acabado. Actualmente, portanto, este é o grau mais comum do braille. Em contrapartida, é mais difícil aprender o braille abreviado grau dois. É necessário memorizar todos os 63 sinais diferentes (a maioria dos quais tem mais de um significado, dependendo de como são usados), mas também é preciso aprender o conjunto de regras necessárias que governam quando cada sinal pode ou não ser usado.

    O grau três é uma forma de braille altamente abreviada, especialmente usada em inglês. No grau três há várias contracções e abreviaturas a memorizar, e as regras que governam o seu uso são correspondentemente difíceis. O braille grau três é usualmente utilizado em anotações científicas ou em outras matérias muito técnicas. Visto que bem poucos cegos conseguem ler este grau de braille, não é usado com frequência.

    O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical. O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.

    ALUNA; Bruna de siqueira

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  5. Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

    Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Palluy, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).

    aluno:lucas leal

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  6. Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris e perto da magnífica e extensa faixa de terras de cultura de trigo de La Brie. Alojado no declive dos suaves vales cobertos de árvores do rio Marne, Coupvray era um animado povoado rural.
    Não existe registro exato sobre o momento em que Louis Braille ficou cego no ano de 1812.A história foi sendo montada a partir de lembranças de diferentes pessoas; o resto temos que supor, deduzir por nós mesmos. Mas não é difícil imaginas o curioso garoto de 3 anos querendo copiar o trabalho que via seu pai fazer diariamente; subindo na alta mesa de madeira, talvez quando Simon-René estivesse fora por um momento, no quintal, conversando com um fazendeiro sobre os reparos necessários para algum arreio. Pode-se imaginas Louis medindo um pedaço de couro, tentando alcançar uma faca, imitando ansiosamente aqueles movimentos precisos e difíceis das habilidosas mãos de seu pai.
    Louis Braille ficou deficiente visual por completo aos 5 anos de idade. Aos 6 anos, três deles em completa cegueira, começou uma nova era para ele. Chegou à cidade um novo pároco que assim que conheceu Louis, se afeiçoou a ele e iniciou uma série de lições a Louis. Contou histórias bíblicas, ensinou a reconhecer os perfumes, o toque das flores e a identificar os sons de diferentes pássaros e animais. Falava sobre as estações do ano e as mudanças que ocorriam durante o dia. Despertou nele uma profunda fé religiosa que o acompanharia pelo resto de sua vida.
    Finalmente, chegou à idade escolar. Na escola do povoado havia um jovem professor : Antoine Bécheret. O abade foi logo procurar o professor para falar sobre Louis.
    A maioria das pessoas não viam sentido em dar a um menino cego as mesmas aulas dadas a outras crianças, mas Louis, esperto, inteligente, interessado em tudo que o cercava, certamente se beneficiaria ao ouvir as aulas, ao compartilhar a vida escolar com os outros meninos do local!
    E foi assim que Louis Braille passou a ir à escola, todos os dias. Desde o começo só de ouvir, ele foi um dos primeiros da classe; ele havia decidido não aceitar que a sua cegueira pudesse ser uma prisão sem livros, um mundo sem a chance de se comunicar com seus amigos, registrar suas idéias ou fazer anotações.
    O pai de Louis martelava pregos na madeira formando as letras do alfabeto e Louis aprendia sozinho a reconhece-las pelo tato. Outros relatos dizem que seu pai cortava o couro em formato de letras.
    Existem diversas versões sobre como a família de Louis foi informada sobre a escola especial para cegos em Paris, mas a mais provável é a de que o jovem professor Bécheret se recordava de ter ouvido sobre a escola e que o abade Palluy, estimulado por essa descoberta, planejava descobrir mais ainda.
    A pedido do abade Palluy, o marquês de Orvillliers escreveu imediatamente ao diretor da escola em Paris e pediu permissão para Louis se tornar seu aluno.
    A resposta não demorou a chegar. O dr. Guillié, diretor da Instituição Real para crianças cegas em Paris, informou-o de que os membros do Conselho da Instituição havia concordado em oferecer um lugar para Louis e estavam dispostos, ainda, a fornecer uma pequena bolsa de estudos para ajudar a pagar as mensalidades.
    Louis era aguardado na instituição, localizada na rua Saint-Victor, no dia 15 de fevereiro de 1819, logo depois de seu décimo aniversário
    -----------------
    Nos primeiros anos da década de 1830, Louis Braille esteve quase sempre enfermo. Por volta de 1835, foi se tornando impossível ignorar os crescentes sinais que era portador de alguma doença. Ele estava apenas no começo de seus 20 anos, mas sentia-se sempre cansado, com febre, e aperto no peito.
    Uma noite, ele acordou ardendo em febre, sua boca subitamente enchendo-se de sangue. Não havia mais dúvida – o jovem estava tuberculoso.
    Durante todos os próximos anos a saúde de Braille foi piorando. Os médicos resolveram manda-lo de volta para casa, beneficiando-se do ar puro do campo.
    Mais tarde em 1843, ele retornou a Paris, mais revigorado
    Por volta de 1850, Louis Braille sentiu que suas forças estavam chegando ao fim. Parou de dar aulas.
    Louis Braille morreu no dia 6 de janeiro de 1852, apenas dois dias depois de completar 43 anos, muito amado e lembrado não apenas por todos aqueles que o conheceram bem e sentiram os benefícios de sua natureza honesta, amável e inteligente mas também pelos que haviam sido influenciados e auxiliados por aquele humano e atencioso professor.
    Mas só nas três décadas seguintes, ele se tornaria famoso no mundo todo como o notável benfeitor dos cegos, o homem cujo trabalho constituiu a rota pela qual milhões de cegos iniciariam uma nova vida, podendo ler, escrever, comunicar-se, aprender, criar e exercer seus plenos direitos na sociedade como seres humanos cultos e educados.

    By: Camila Dias, Marina Soares, Mylena Almeida & Jarlesson

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  7. Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

    Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Palluy, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).

    O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.

    Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:

    "Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
    Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.

    Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.

    Breno Vinicius e Carlos Victor

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  8. Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

    Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Palluy, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).

    O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.

    Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:

    "Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
    Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.

    Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.

    Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.

    Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.

    gabriel fernandes mendes!!!!

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  9. Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

    Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Palluy, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).

    O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.

    Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:

    "Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
    Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.

    Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.

    Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.

    Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.

    By: Lygiane e Gabriel Rolinha

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  10. Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris e perto da magnífica e extensa faixa de terras de cultura de trigo de La Brie. Alojado no declive dos suaves vales cobertos de árvores do rio Marne, Coupvray era um animado povoado rural.
    Não existe registro exato sobre o momento em que Louis Braille ficou cego no ano de 1812.A história foi sendo montada a partir de lembranças de diferentes pessoas; o resto temos que supor, deduzir por nós mesmos. Mas não é difícil imaginas o curioso garoto de 3 anos querendo copiar o trabalho que via seu pai fazer diariamente; subindo na alta mesa de madeira, talvez quando Simon-René estivesse fora por um momento, no quintal, conversando com um fazendeiro sobre os reparos necessários para algum arreio.

    O pai de Louis martelava pregos na madeira formando as letras do alfabeto e Louis aprendia sozinho a reconhece-las pelo tato. Outros relatos dizem que seu pai cortava o couro em formato de letras.

    Nos primeiros anos da década de 1830, Louis Braille esteve quase sempre enfermo. Por volta de 1835, foi se tornando impossível ignorar os crescentes sinais que era portador de alguma doença. Ele estava apenas no começo de seus 20 anos, mas sentia-se sempre cansado, com febre, e aperto no peito.

    Uma noite, ele acordou ardendo em febre, sua boca subitamente enchendo-se de sangue. Não havia mais dúvida – o jovem estava tuberculoso.

    Durante todos os próximos anos a saúde de Braille foi piorando. Os médicos resolveram manda-lo de volta para casa, beneficiando-se do ar puro do campo.

    Mais tarde em 1843, ele retornou a Paris, mais revigorado

    Lucas Florêncio & Pedro Henrrique . ♥

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  11. PEDRO ASAFE E PRISCILLA


    Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris e perto da magnífica e extensa faixa de terras de cultura de trigo de La Brie. Alojado no declive dos suaves vales cobertos de árvores do rio Marne, Coupvray era um animado povoado rural.

    O pai de Louis, Simon-René, era seleiro e fabricante de arreios do povoado.

    Não existe registro exato sobre o momento em que Louis Braille ficou cego no ano de 1812.A história foi sendo montada a partir de lembranças de diferentes pessoas; o resto temos que supor, deduzir por nós mesmos. Mas não é difícil imaginas o curioso garoto de 3 anos querendo copiar o trabalho que via seu pai fazer diariamente; subindo na alta mesa de madeira, talvez quando Simon-René estivesse fora por um momento, no quintal, conversando com um fazendeiro sobre os reparos necessários para algum arreio.

    Pode-se imaginas Louis medindo um pedaço de couro, tentando alcançar uma faca, imitando ansiosamente aqueles movimentos precisos e difíceis das habilidosas mãos de seu pai.

    Mas, nas mãos gorduchas do menino, o instrumento de trabalho cortante e afiado era simplesmente um rude e muito eficiente objeto de destruição. Imaginemos um grito vindo da oficina, o menino encontrado soluçando, com o sangue cobrindo seu rosto.]

    A ferramenta manejada desajeitadamente, segundo parece, havia cortado seu olho.

    Em pânico, seus pais fizeram tudo o que puderam: água fresca e linho branco para cobrir o olho que sangrava; uma vellha mulher do povoado, que conhecia as propriedades de cura das ervas, levou água de lírio e eles puseram uma compressa sobre o olho ferido.

    Mas naquela época os médicos não conheciam as causas nem o controle das infecções. Foi muito antes de o traballho do cientista Louis Pasteur ensina-los sobre germes e como a infecção se desenvolve e é transportada pelas mãos, pelas compressas e pelo ar. Foi mais de cem anos antes de Alexander Fleming descobrir a penicilina, o primeiro antibiótico a curar infecções, matando germes perigosos sem causar danos ao paciente. O outro olho foi contaminado e ele perdeu aos poucos completamente, a visão com apenas 5 anos de idade.

    Aos 6 anos, três deles em completa cegueira, começou uma nova era para ele. Chegou à cidade um novo pároco que assim que conheceu Louis, se afeiçoou a ele e iniciou uma série de lições a Louis. Contou histórias bíblicas, ensinou a reconhecer os perfumes, o toque das flores e a identificar os sons de diferentes pássaros e animais. Falava sobre as estações do ano e as mudanças que ocorriam durante o dia. Despertou nele uma profunda fé religiosa que o acompanharia pelo resto de sua vida.

    Finalmente, chegou à idade escolar. Na escola do povoado havia um jovem professor : Antoine Bécheret.

    O abade foi logo procurar o professor para falar sobre Louis.

    A maioria das pessoas não viam sentido em dar a um menino cego as mesmas aulas dadas a outras crianças, mas Louis, esperto, inteligente, interessado em tudo que o cercava, certamente se beneficiaria ao ouvir as aulas, ao compartilhar a vida escolar com os outros meninos do local!

    E foi assim que Louis Braille passou a ir à escola, todos os dias. Desde o começo só de ouvir, ele foi um dos primeiros da classe; ele havia decidido não aceitar que a sua cegueira pudesse ser uma prisão sem livros, um mundo sem a chance de se comunicar com seus amigos, registrar suas idéias ou fazer anotações.

    O pai de Louis martelava pregos na madeira formando as letras do alfabeto e Louis aprendia sozinho a reconhece-las pelo tato. Outros relatos dizem que seu pai cortava o couro em formato de letras.

    Existem diversas versões sobre como a família de Louis foi informada sobre a escola especial para cegos em Paris, mas a mais provável é a de que o jovem professor Bécheret se recordava de ter ouvido sobre a escola e que o abade Palluy, estimulado por essa descoberta, planejava descobrir mais ainda.

    Ajudas importantes como do marquês de Orvilliers, do Abade os aproximou do fundador dessa escola, chamado Valentin Haüy.

    Fora na corte real de Versalhes, durante as comemorações do Natal de 1786. Valentin Haüy surpreendera o rei, a rainha e a grande audiência da nobreza da França com uma única demonstração de aritmética e leitura por crianças cegas. Na verdade, o marquês, muito impressionado, unira-se ao casal real e vários outros ali presentes na doação de dinheiro para a nova escola para crianças cegas de Valentin Haüy.

    A pedido do abade Palluy, o marquês de Orvillliers escreveu imediatamente ao diretor da escola em Paris e pediu permissão para Louis se tornar seu aluno.

    A resposta não demorou a chegar. O dr. Guillié, diretor da Instituição Real para crianças cegas em Paris, informou-o de que os membros do Conselho da Instituição havia concordado em oferecer um lugar para Louis e estavam dispostos, ainda, a fornecer uma pequena bolsa de estudos para ajudar a pagar as mensalidades.

    Louis era aguardado na instituição, localizada na rua Saint-Victor, no dia 15 de fevereiro de 1819, logo depois de seu décimo aniversário

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  12. Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

    renato

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